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Câmara do Rio encerra ponto de vacinação com mais de 13 mil doses aplicadas

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|  Foto: Foto: Karina Cruz
Palácio foi aberto pela população para receber as doses. Foto: Karina Cruz

O posto de vacinação no Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, encerrou as suas atividades nesta terça (30), após cerca de quatro meses em funcionamento, quando foram aplicadas mais de 10 mil doses de imunizantes contra a Covid-19 e 2,5 mil contra o vírus Influenza, nos dias 25 e 26 de novembro.

O fim das aplicações dos imunizantes no local acontece por decisão da Secretaria Municipal de Saúde, que passará a concentrar a aplicação das doses de reforço em outras 230 unidades básicas da cidade. Desde agosto, servidores da Divisão de Saúde do parlamento carioca e estudantes voluntários se juntaram em uma força-tarefa para vacinar a população e combater a pandemia na cidade. 

Presidente da Câmara do Rio, o vereador Carlo Caiado (DEM) destacou a importância do parlamento carioca abrir suas portas para promover a saúde da população.

“A Câmara esteve e estará aberta para contribuir com a população. A vacinação no posto que montamos, reforçando a estrutura da Saúde, foi um sucesso absoluto, numa área central da cidade. Agradecemos ao secretário Daniel Soranz pela parceria e continuamos à disposição para mais ações desse tipo", afirmou. 

Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz destacou que esta foi a maior campanha de imunização já realizada no município do Rio, e reforçou a importância dos Pontos de Vacinação (PVs) extras.

"Chegamos a ter cerca de 280 locais em que as pessoas poderiam ir para se vacinar perto de casa, do trabalho, da escola. Agora que a vacinação está avançada, que o número de pessoas ainda a tomarem a segunda dose ou a dose de reforço é cada vez menor, já podemos desmobilizar os PVs extras e concentrar o atendimento nas unidades de saúde. Agradecemos muito ao presidente e aos servidores da Câmara que nos ajudaram nessa missão, acolhendo e operando um PV aqui nesta casa", afirmou. 

Para o diretor de Prevenção de Incêndio e Pânico da Câmara do Rio e um dos coordenadores da campanha, o Coronel bombeiro Rômulo Teixeira, os números revelam a adesão da população.

“O nosso país tem essa característica, é um dos que mais vacinou no mundo nesse momento. A população aderiu e não foi pelo fato da vacina ser gratuita, mas sim pela conscientização que todos nós conseguimos ter em cima disso. É melhor prevenir do que remediar, essa premissa é fundamental. Na Saúde a gente sabe que a prevenção é o melhor caminho, assim os custos da vida das pessoas e os econômicos financeiros são muito melhores.”

Ao todo, foram aplicadas 10.721 vacinas contra a Covid-19 na Câmara do Rio entre 16 de agosto e 26 de novembro. Setembro foi o melhor mês com 3.042 doses de imunizantes aplicadas e teve também o recorde diário no dia 1º, com 480 vacinados. Nos últimos dias de novembro, a Casa ainda se tornou um ponto de vacinação contra a gripe em um momento de alta nos índices da doença no Rio de Janeiro. Somente nos dias 25 e 26 de novembro foram aplicadas quase 2.500 doses de imunizantes contra o vírus Influenza. 

Conscientização

A chefe do Serviço Médico da Câmara do Rio celebrou a contribuição que a Casa deu para a cidade do Rio de Janeiro ao vacinar os cidadãos. “Isso representa a Câmara se abrindo para realmente promover a saúde das pessoas, cumprindo um papel não só em relação ao legislativo, criando leis, mas também um papel assistencial e de exemplo”, disse Luana Cazzola. 

Além dos servidores da Divisão de Saúde, também atuaram na vacinação 150 voluntários e alunos de cursos técnicos de enfermagem das unidades Bonsucesso e Nova Iguaçu do Sesc-Rio e do Colégio Celc. Coordenadora da equipe voluntária, a professora Vanessa Santos da Silva contou que foram muitos os relatos de estudantes que se sentiram gratos por estar na linha de frente neste momento.

“No primeiro dia muitos se emocionaram, choraram, ligaram para os pais e contaram que estavam felizes por ter ajudado muitas pessoas. Porque a vacina não é só o ato de aplicar, envolve também um acolhimento. Muitos vieram se vacinar e contaram que perderam entes da família para a doença, e isso também mexe com o emocional.” Todos os voluntários e servidores participaram de um treinamento oferecido pela prefeitura do Rio para fazer a aplicação dos imunizantes.

Chefe do Serviço de Enfermagem da Câmara, Leila Curi ressaltou que essa foi uma experiência que marcou de forma definitiva a sua trajetória profissional.

“Eu aprendi no meu primeiro semestre na faculdade a história da primeira enfermeira que chamava-se Florence Nightingale. Eu hoje me sinto uma Florence Nightingale porque ela começou numa Guerra da Crimeia cuidando dos feridos da guerra. E eu hoje estou cuidando dos cariocas e de muitos outros estados fazendo o meu papel de enfermeira, para o qual eu estudei quatro anos mais dois de residência. Hoje estou aqui me sentindo muito feliz e realizada na minha profissão”, afirmou. 

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